O comércio eletrônico corresponde hoje a uma grande e importante parcela das vendas no mercado varejista brasileiro. A comodidade de escolher um produto, e ter o acesso a diversas informações sobre ele, incluindo as opiniões de quem já comprou, agradou muito ao consumidor. Mas, é o conforto de receber seus produtos em casa que acabou conquistando de vez um público que se torna maior a cada ano, e que costuma ser fiel a quem o atende bem.
O grande desafio do e-commerce estava na logística de entrega, na complicada e custosa missão de expandir seus serviços para o maior raio de alcance possível. Era quase que impossível atender a clientes de localidades distantes da sua matriz sem um déficit significativo no prazo de entrega, e isso limitava a expansão do setor, pois os pequenos e médios empreendedores não tinham os recursos necessários para custear o atendimento a tais clientes.
Uma solução extremamente eficiente foi elaborada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, através do popular programa e-Sedex. A intenção dessa iniciativa era unir os benefícios de qualidade e logística do seu serviço mais “premium” o Sedex, com um preço que favorecesse o comércio eletrônico e impulsionasse suas vendas. A iniciativa deu certo, e passou a ser uma das mais utilizadas por aqueles que fazem entregas de produtos para todos os cantos do país. Mas, como indicavam os rumores de alguns meses atrás, o serviço foi descontinuado pelos Correios, pegando muitos varejistas de surpresa.
Motivo de encerramento do serviço e-Sedex
O maior motivo para descontinuar o serviço do e-sedex vem dos “maus bocados” que a empresa de transportes vem passando nos últimos anos. Por se tratar de uma estatal, a situação política do país tem impacto direto em suas práticas de gestão, e como o cenário até hoje encontra-se instável, não é difícil imaginar que a empresa também esteja sofrendo com isso.
Nos últimos anos, foi frequente a associação de sua marca em escândalos de corrupção, à medida que algumas fraudes foram sendo desmascaradas e expostas. Desde então os Correios tentam restabelecer sua imagem, algo que ficou evidente com a recente mudança de logotipo e identidade visual. Toda essa onda negativa levou a empresa a se “enrolar” financeiramente, com prejuízos anuais que ficaram na casa dos 2 bilhões em 2015 e 2016.
A descontinuação do e-sedex portanto, é uma tentativa de reduzir esse rombo em 2017, uma vez que, o serviço é baseado na concessão de um preço mais econômico para as lojas de e-commerce, uma ajuda que ela não é mais capaz de ceder. A diferença de preço para os lojistas chegava aos 30% em relação ao custo comum das entregas, uma quantia significativa ao levar em conta o volume final de entregas.
Impacto desse encerramento para o e-commerce
O impacto da concretização dessa notícia será quase que imediato! Quando os contratos vigentes forem oficialmente descontinuados, é bem provável que os 30% descontados sejam revertidos em aumento no valor dos fretes ofertados em lojas online. Isso, acontecerá caso os empreendedores não consigam encontrar um serviço de similar logística e preço. O fato é, o e-commerce estará perdendo muito em qualidade, pois, poucas transportadoras privadas contam com uma estrutura nacional comparável à dos Correios.
Além do problema estrutural e logístico das entregas, é difícil, ou mesmo impossível, encontrar uma empresa privada que concorde com um volume menor do que 100 entregas diárias em um contrato de alcance nacional. Essa resolução afeta diretamente os pequenos e micro empresários, donos de lojas online iniciantes, ou com nichos muito específicos, que trabalham com produtos de alto valor agregado e um volume de vendas mais reduzido.
O Impacto foi comentado por alguns nomes importantes do e-commerce em entrevista ao portal Estadão Economia:
“Recebemos o anúncio como uma notícia muito ruim, trará um aumento de preços imediato no frete e uma redução da qualidade. Quem vai pagar essa conta com os varejistas será o consumidor final.”
Disse o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Maurício Salvador.
“Hoje, sem uma média de cem entregas por dia, você não consegue ter acesso a uma transportadora privada. O fim do e-Sedex prejudica muito os pequenos e médios empreendedores.”
Disse Leandro Bassoi, diretor de logística do Mercado Livre.
Alternativas para fazer suas entregas
Essa mudança é uma grande oportunidade para transportadoras privadas que podem investir em modelos disruptivos de atendimento. Isto é, cresce o número de pessoas comprando pela internet, mas não há mais um serviço tradicional para suprir essa necessidade. Então, ideias inovadoras são mais que bem-vindas, elas são fundamentais para que o comércio pela internet continue sendo viável.
O SIGEP WEB: sistema com o propósito de preparar e gerenciar as postagens de Clientes dos Correios, continuará em operação, assim os empreendedores ainda podem contar com a facilidade em integrar seus sistemas de gestão com essa ferramenta, e permitir que a logística seja mais eficiente, o que muda é o preço do serviço de entrega. Sobre o SIGEP, seus principais atributos técnicos são: facilidade e rapidez na preparação das postagens e gestão das informações sobre objetos postados.
O site dos correios ainda traz as seguintes informações sobre esse sistema:
Público -alvo
Pessoas jurídicas com contrato firmado com os Correios para prestação de serviços qualificados: Registrados, SEDEX, Encomenda PAC, etc.
No caso de sua empresa ou órgão público efetuar postagens de objetos qualificados, porém sem ser por meio de contrato e tem interesse em utilizar o SIGEP WEB, procure a Gerência comercial dos Correios mais próxima para viabilizar a assinatura de um contrato.
A utilização do sistema é gratuita, por isso não perca tempo e otimize sua logística.
Mudanças acontecem no mercado a todo momento, com o e-commerce não seria diferente, ainda mais ao ser baseado em algo tão instável como a internet. A única certeza é de que os clientes continuam por aí, e eles querem continuar comprando do conforto de suas casas.
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